«No ano em que re­a­liza o seu XIX Con­gresso, o PCP apela a todos os seus mi­li­tantes, aos amigos do Par­tido, a de­mo­cratas e pa­tri­otas a que, de acordo com as suas pos­si­bi­li­dades, con­tri­buam com um dia de sa­lário, ou outro valor que jul­guem ade­quado, para re­forçar a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês.» É este o apelo feito no âm­bito da cam­panha Um Dia de Sa­lário para o Par­tido, que está agora em curso.

Como se su­blinha nas Teses em dis­cussão para o XIX Con­gresso, o «fi­nan­ci­a­mento do PCP a partir dos seus meios pró­prios é es­sen­cial para ga­rantir a sua in­de­pen­dência po­lí­tica, or­gâ­nica e ide­o­ló­gica». No quadro em que os co­mu­nistas e o Par­tido ac­tuam, acres­centa-se, «as­se­gurar os re­cursos ne­ces­sá­rios e in­dis­pen­sá­veis para o de­sen­vol­vi­mento da sua ac­ti­vi­dade, na base da ini­ci­a­tiva pró­pria, no apoio e con­tri­buição dos mi­li­tantes, as­sume uma im­por­tância vital».

O do­cu­mento, à dis­cussão em todo o Par­tido, chama ainda a atenção para as «di­fi­cul­dades cres­centes que se abatem sobre os tra­ba­lha­dores e o povo por­tu­guês, o au­mento da ex­plo­ração, das de­si­gual­dades so­ciais, do de­sem­prego, os cortes de sa­lá­rios, re­formas e sub­sí­dios, os au­mentos em bens e ser­viços» e que co­locam «novas e acres­cidas exi­gên­cias» ao tra­balho de fundos. Im­porta, assim, pros­segue-se nas Teses, «não trans­formar di­fi­cul­dades em im­pos­si­bi­li­dades, romper com cons­tran­gi­mentos que pro­curam co­locar ao Par­tido, vencer con­di­ci­o­na­mentos reais e apro­veitar todas as po­ten­ci­a­li­dades para au­mentar a ca­pa­ci­dade fi­nan­ceira do PCP».

Entre as li­nhas de acção pro­postas para o tra­balho de fundos do Par­tido des­taca-se a ne­ces­si­dade de «au­mentar as re­ceitas pró­prias de­cor­rentes da ac­ti­vi­dade e do re­forço do Par­tido», no­me­a­da­mente con­se­guir que «cada mi­li­tante as­suma a ini­ci­a­tiva do cum­pri­mento do dever fun­da­mental de pa­ga­mento da quota e au­mento do seu valor, tendo como re­fe­rência 1 por cento do ven­ci­mento (ou re­mu­ne­ração)» ou as con­tri­bui­ções es­pe­ciais de mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes do Par­tido. Também as cam­pa­nhas de fundos têm um im­por­tante papel a de­sem­pe­nhar, sa­li­enta-se nas Teses, des­ta­cando pre­ci­sa­mente esta cam­panha de Um Dia de Sa­lário para o Par­tido.